Quem não compreende um olhar tampouco entenderá uma longa explicação - Mário Quintana

quarta-feira, 17 de março de 2010

Fui surpreendida


Há mais de um ano freqüento semanalmente um grupo de estudos. Na última dessas reuniões, fui surpreendida por duas garotinhas (lindas por sinal).

Uma delas, devia ter uns 5 anos, cabelo liso, preto, toda de roupinha cor de rosa. A outra, mais novinha um pouco, devia ter uns 3 anos, cabelo encaracolado, riso fácil e simpático.

As duas se aproximaram e me perguntaram:

- Ei moça, como é seu nome?

Eu respondi e logo elas começaram:

- Você é casada?

- Você tem filhos?

- Você é noiva?

- Você tem namorado?

Sem entender o motivo de tantos questionamentos e abismada com o fato de como meninas tão novas pudessem estar fazendo esse tipo de pergunta... eu simplesmente fui respondendo quase que automaticamente “Não”, “Não”, “Não”, “Não”.

E, elas insistiram...

- Você mora sozinha então?

- E, não é chato?

- E, você não pensa em ter alguém?

No instante em que eu ia começar a responder, sua mãe se aproximou e cortou nosso “papo”.

Ao deitar na cama naquela noite, comecei a refletir sobre as perguntas das garotinhas e as respostas que havia dado. Como pode que a espontaneidade dessas crianças fosse me fazer refletir sobre questões tão profundas e sérias em minha vida?

- Ei menininhas, comecei uma investigação interna! Quem sabe daqui a pouco terei respostas mais satisfatórias para lhes passar.


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