Há mais de um ano freqüento semanalmente um grupo de estudos. Na última dessas reuniões, fui surpreendida por duas garotinhas (lindas por sinal).
Uma delas, devia ter uns 5 anos, cabelo liso, preto, toda de roupinha cor de rosa. A outra, mais novinha um pouco, devia ter uns 3 anos, cabelo encaracolado, riso fácil e simpático.
As duas se aproximaram e me perguntaram:
- Ei moça, como é seu nome?
Eu respondi e logo elas começaram:
- Você é casada?
- Você tem filhos?
- Você é noiva?
- Você tem namorado?
Sem entender o motivo de tantos questionamentos e abismada com o fato de como meninas tão novas pudessem estar fazendo esse tipo de pergunta... eu simplesmente fui respondendo quase que automaticamente “Não”, “Não”, “Não”, “Não”.
E, elas insistiram...
- Você mora sozinha então?
- E, não é chato?
- E, você não pensa em ter alguém?
No instante em que eu ia começar a responder, sua mãe se aproximou e cortou nosso “papo”.
Ao deitar na cama naquela noite, comecei a refletir sobre as perguntas das garotinhas e as respostas que havia dado. Como pode que a espontaneidade dessas crianças fosse me fazer refletir sobre questões tão profundas e sérias em minha vida?
- Ei menininhas, comecei uma investigação interna! Quem sabe daqui a pouco terei respostas mais satisfatórias para lhes passar.
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